Evento aconteceu no CCAL – Centro Cultural do Alumínio, na sede da ABAL, em São Paulo e contou com a presença de mais de 50 pessoas

 

Na tarde da última quinta-feira, 15 de março, fabricantes de esquadrias, sistemistas, fabricantes de componentes para esquadrias e consultores estiveram reunidos no CCAL – Centro Cultural do Alumínio, na sede da ABAL, em São Paulo, para tratar do Programa Setorial de Qualidade de Portas e Janelas de Correr de Alumínio, que está trabalhando a todo vapor para a publicação da lista de empresas qualificadas no menor tempo possível.

 

Rafael Torres da ABAL recebeu os participantes

 

O evento teve a abertura de Rafael Torres, diretor de comunicações e operações da ABAL, que enfatizou a questão da qualidade no setor do alumínio. “Estamos trabalhando para deixar as coisas no caminho correto e elevar a qualidade dos produtos da nossa indústria. Nesse sentido, o PSQ é fundamental e a união das entidades em prol deste objetivo em comum certamente será decisiva neste cenário”, disse.

 

O presidente da AFEAL, Antônio Antunes, falou sobre a importância da esquadria na obra. “Precisamos olhar para a construção civil com um outro olhar, dando a devida atenção. Qual a importância do nosso produto na cadeia produtiva? Qual o grau de prioridade em uma obra? Pelo menos em 5º lugar, depois da estrutura, pode até estar em 4º ou 3º. Não olhamos para nossa importância no mercado, ou pelo menos não vendemos isso com o real valor. Temos um produto que felizmente pode durar 40 anos, que pode ganhar mais mercado, e é isso que queremos fazer com a organização setorial”.

O CCAL estava cheio durante a tarde

Alberto Cordeiro, vice-presidente de programas de qualidade da AFEAL, explicou sobre como o programa deve organizar o mercado e como ele se coloca como a base sistêmica da organização setorial. “A norma não é suficiente, precisa de fiscalização, um conjunto de regras que faça com que a cadeia, o setor, a cumpra e é por isso que estamos aqui hoje, para falar como levar a norma para o dia a dia de todo nosso setor”.

 

O mercado reconhecendo o programa

Para os sistemistas Marcelo dos Santos, da SAPA, e Alexandre Casasco, da Perfil Alumínio, as áreas comerciais das empresas participantes do programa são as que mais deverão sentir o impacto positivo da adesão. “Cheguei em uma construtora e me pediram muitas declarações e, entre as requisições, perguntaram se eu participava do PSQ. Como eles fazem obras também de PVC, queriam saber se o alumínio também estava enquadrado. Expliquei que estamos retomando o programa, mas foi uma condição que ele me colocou, se a gente estava de verdade se adequando”, afirmou Marcelo.

Os sistemistas puderam dar seu depoimento

“No processo de venda de uma obra formos sabatinados pela construtora para falar da norma, para falar dos testes. E todos os sistemistas no programa já têm seus testes. A construtora foi ao site da AFEAL para procurar a lista de qualificados. Esta tem sido uma demanda importante do mercado. Todo mundo pergunta: você já tem laudo? Já está no programa? O consumidor final vai ao Google e processa muitas construtoras. Os peritos estão indo aos condomínios antes deles completarem 5 anos e estimulam os processos”, completou Alexandre.

 

Magda Reis, consultora em tecnologia e qualidade da ABAL, afirma que o mercado já discute hoje esquadrias de alto desempenho. “Hoje dou apoio para o programa e já participei de programas anteriores. O mais interessante é que estamos conseguindo trazer todo mundo dentro da mesma página, num mesmo momento. Participo de vários fóruns: Sinduscon, Inmetro e outros ambientes. Para eles, a qualidade das esquadrias do dia a dia é coisa que já passou, tem que ter esquadria de qualidade, já tem que ser de praxe. Eles querem qualidade acima daquela régua mínima, isso é valor agregado para o negócio de cada um que está nesta sala”.

 

Fernando Rosa, gerente nacional do PSQ concorda que o mercado tem cobrado muito as empresas. “Diariamente recebo ligações de construtoras perguntando ‘a empresa tal é qualificada?’. O que temos respondido é que estamos num processo de homologação dos sistemas e paralelamente algumas empresas fabricantes de esquadrias já estão se qualificando. Isso é um requisito importante para a decisão de compra? Comunique o seu fornecedor e peça que ele entre em contato com a gente. Três empresas já fizeram a adesão desta maneira.”, conta.

Raul Costa Jr., fabricante de esquadrias, salienta que, tal como a construtora cobra dos fabricantes de esquadrias, estes também cobram de seus fornecedores. “Tenho certeza de que os fabricantes que estão aqui desejam ter em suas notas fiscais de produtos comprados, acessórios, componentes, silicones, acabamentos que lhes deem a segurança para cumprir com todas obrigatoriedades. O programa é muito inteligente por nos oferecer isso. Agora é o momento dos fabricantes de componentes que desejam vender para empresas sérias aderirem”, finalizou.

Por fim, a equipe da TESIS, com Jairo Cukierman, tirou as dúvidas de todos os presentes sobre o programa.

Encontro Nacional de Fabricantes e Revendedores de Kits para Vidraçarias e Serralherias aconteceu em São Paulo e reuniu representantes de todo o Brasil

Na última sexta, 27 de outubro, a AFEAL marcou presença em mais um evento do setor, o ENAKIT – Encontro Nacional de Fabricantes e Revendedores de Kits para Vidraçarias e Serralherias. Na ocasião, o vice-presidente de programas de qualidade da entidade, Alberto Cordeiro, falou sobre organização setorial e sobre as ações de combate à não conformidade realizadas pela entidade.
Cordeiro apresentou diversas ações realizadas pela AFEAL com o objetivo de integrar toda a cadeia produtiva da esquadria de alumínio e aumentar a qualidade e o valor agregado do produto, além de valorizar o setor e o fabricante.

“Queremos nivelar nosso segmento por cima, a norma é a nossa régua. É daí para melhor. O que temos hoje pode melhorar? Sim! É rápido? Não. Existe formula mágica? Não. Para conseguirmos precisamos de esforço e investimento e é isso que estamos fazendo”, afirmou. “Cito um exemplo de produto que acabou perdendo o mercado por falta de organização setorial. Quem aqui nunca teve um problema com uma cadeira plástica? Este produto tinha tudo para ser sempre um sucesso: leve, competitivo, mas acabou entrando em descrédito e foi substituído por outras opções, caiu em desuso e tornou-se um produto extremamente popular, sem crédito perante o consumidor por falta de qualidade e é isso que não vai acontecer com a gente.”

Cordeiro apresentou “Os sete passos para valorizar o fabricante de esquadrias de alumínio”, que deve ajudar a cumprir as regras e valorizar o setor como um todo e explicou como o governo dá a prerrogativa para a iniciativa privada fiscalizar o setor e cumprir as normas por meio do PSQ – Programa Setorial de Qualidade de Portas e Janelas de Correr de Alumínio. Para finalizar, ele comentou sobre as ações judiciais em andamento contra fabricantes fora de norma e explicou como funciona juridicamente esta fiscalização e processo.

Para Elmo Pires, diretor da Revista Tecnologia & Vidro e um dos organizadores do evento, a apresentação de Cordeiro foi muito bem recebida pelos participantes. “Foi realmente muito interessante. Vemos que nosso setor do vidro ainda tem muito o que caminhar e que a AFEAL está no rumo certo, anos luz adiante de nós. A ideia é que possamos seguir o exemplo e chegar ao mesmo nível, aproveitando esta experiência que a AFEAL está nos apresentando”, afirmou.

Entre os palestrantes do evento, estiveram também presentes Michele Gleice, diretora técnica do ITEC – Instituto Tecnológico da Construção Civil; Dr. Carlos Del Mar, advogado ligado ao Sindicato da Habitação (Secovi-SP); Tatiana Domingues, consultora especializada em vidros da Paulo Duarte Consultores; Julio Macedo e Rodrigo Andrade – gerentes de Peliculas LLumar Tecnico Especialista – Eastman; Wellington Guedes, responsável pela qualidade da Boltinox; Fabíola Rago, diretora do Instituto Beltrame e coordenadora da revisão da norma de guarda-corpos; Fabrice Barriac, consultor especializado em vedações; e Rejane Saute Berezovsky, diretora do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia – Ibape.

 

Na última quarta-feira, 27 de setembro, membros da diretoria da AFEAL participaram de uma apresentação do PROCOMPI – Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Indústrias. A reunião foi promovida pelo Siescomet Sindicato da Indústria de Esquadrias e Construções Metálicas do Estado de São Paulo, na sede da Fiesp, em São Paulo.

O projeto é uma parceria entre a Confederação Nacional da Indústria – CNI e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, que tem como principal foco elevar a competitividade das empresas industriais de menor porte, por meio do estímulo à cooperação entre as empresas, à organização do setor e ao desenvolvimento empresarial e territorial. Por meio de projetos submetidos por federações estaduais de indústrias e unidades do Sebrae, grupos de empresas de pequeno porte do mesmo setor recebem capacitação e consultoria para alavancar a produtividade e eficiência nos negócios.

Com o apoio do Siescomet, o PROCOMPI facilitará o acesso ao crédito, acesso a mercados e promoverá mais eficiência dos processos produtivos das esquadrias. Podem participar empresas de toda a Grande São Paulo, capital e região do Grande ABC, participantes do MEI ou Simples Nacional.

“Formatamos um contrato de cooperação com a AFEAL ano passado e estamos desenvolvendo este projeto em conjunto”, explica Domingos Moreira Cordeiro, presidente do Siescomet e diretor do DEMPI – Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp. “É um projeto piloto em São Paulo. São 80 horas de consultoria, para 8 meses de trabalho, que visam capacitar as empresas na área de empreendedorismo, área técnica, produtividade, meio ambiente e vendas”, acrescenta.

Para Alberto Cordeiro, vice-presidente de qualidade da AFEAL, o programa é muito importante para organizar o setor. “O PROCOMPI é uma das ferramentas que apoiamos para aumentar a produtividade nas empresas, fomentar a inovação e reduzir custos. A melhora dos processos produtivos é um importante legado de programas como este, que agregam ainda mais valor à esquadria de alumínio”.

As vagas são limitadas para apenas 25 empresas do setor. Os valores são subsidiados pelo CNI, Sebrae e Siescomet. Para fazer sua inscrição, entre em contato com a AFEAL pelo telefone 11 3392-4742 ou com o Siescomet no 11 3285-0200.

Duas ações civis públicas já foram julgadas e as empresas condenadas a pagar multas que podem chegar a R$ 100 mil

A organização setorial de esquadrias de alumínio está pegando pesado com quem não cumpre as normas técnicas. Duas empresas estão servindo como exemplo do que não deve ser feito no mercado. Isso porque ambas foram processadas por iniciativa do Ministério Público de São Paulo e condenadas a pagar multas altas, além de parar suas fábricas e retirar produtos defeituosos do mercado.

Elas foram acusadas formalmente de fabricar e comercializar esquadrias de alumínio em desacordo à NBR nº 10821-2:2011. A AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio atua nos casos diretamente como assistente do Ministério Público.

De acordo com as provas periciais realizadas nos produtos da primeira empresa em questão, as janelas coletadas não atendem aos principais desempenhos: “cargas uniformemente distribuídas”, “classificação da esquadria” e “estanqueidade à água”. Além de trepidações ruidosas, o risco mais marcante se refere a infiltrações de águas pluviais sob a ação dos ventos, causando ambiente interno úmido e consequentemente danoso à saúde.

Segundo a sentença, a empresa, além de parar de fabricar produtos em desconformidade, deve retirar do mercado todas as peças que não estiverem de acordo com a ABNT, indenizar danos patrimoniais aos consumidores que adquiriram os produtos e divulgar amplamente a decisão nos meios de comunicação. Havendo descumprimento, a empresa paga R$ 10 mil por dia de multa.

No caso da segunda empresa condenada, os laudos dos ensaios em produtos apresentaram deformações diversas, desprendimento e ruptura de vidros e desprendimento de travessas das folhas. Foram constatadas também falhas no que diz respeito ao quesito “cargas uniformemente distribuídas”.

O fabricante também foi condenado a se abster de produzir e comercializar produtos em desconformidade com as normas e a retirar os produtos defeituosos do mercado sob pena de multa diária de R$ 5 mil, além de também indenizar os consumidores por danos patrimoniais e divulgar a decisão condenatória.

Para a advogada da AFEAL, Lígia Armani Michaluart, estas sentenças são marcos no combate à não conformidade.  “Já há algum tempo nós viemos propondo junto ao Ministério Público do Consumidor da Capital – SP pedidos de instauração de inquérito civil contra os fabricantes que vendem produtos em desconformidade com as normas técnicas.  Aqueles que se dispõem a corrigir os erros e passam a oferecer ao consumidor produtos que atendem às normas firmam TACs – Termos de Ajustamento de Conduta (uma modalidade de acordo), obrigando-se ao cumprimento rigoroso das regras, sob pena de pagamento de multa. Já para os que insistem na não conformidade, as Ações Civis Públicas são ajuizadas pelo Ministério Público para que o juiz aplique as penalidades cabíveis”, esclarece.

Os processos aguardam julgamento de recurso pelo Tribunal de Justiça.

A organização setorial é extremamente importante, especialmente quando todos se unem para valorizar o segmento e entregar ao consumidor, seja por meio do varejo ou das construtoras, produtos que propiciem uma ótima experiência, com garantia de conforto e segurança.