PSQ Portas e Janelas de Correr de Alumínio

Autor: psqaluminio

Na tarde da última quinta-feira, 22 de junho, a AFEAL promoveu um encontro entre os fabricantes de componentes para esquadrias de alumínio para a apresentação do Programa Setorial de Qualidade aprovado pelo Ministério das Cidades neste mês de junho.

O evento teve início com as boas-vindas de Fernando Rosa, gerente nacional do PSQ, que convidou Alberto Cordeiro, Vice-Presidente de Programas de Qualidade da entidade para dar início às apresentações.

Cordeiro discursou sobre a necessidade do setor se unir como um todo, para fortalecer a imagem do segmento. Contou sobre as novidades do programa e sobre como, de maneira inteligente, ele oferece ferramentas que integram toda a cadeia produtiva. “Precisamos de um mercado organizado, com regras iguais, onde se uma empresa utiliza um sistema de mercado homologado, ela tem vários benefícios e não gasta para homologar tudo de novo. Isso traz uma racionalização do programa. Se o fabricante usa a roldana sugerida pelo sistemista, por exemplo, e se seguiu o manual, não precisa homologar novamente os componentes. A partir daí, começa a fase de qualificar as esquadrias no fabricante, para poder permitir a participação de todos no programa”, explicou.

Ele também falou bastante sobre a escolha do produto-alvo, pensada tanto considerando-se a representatividade de mercado, quanto no local da casa onde o produto é instalado. “Quem tem dinheiro para colocar tudo ao mesmo tempo para rodar? Existe a lei do pareto: 20% dos produtos representam 80% das vendas. Escolhemos o produto mais representativo do mercado para começar a organizar o setor por ele. Se conseguirmos cuidar do que tem maior venda, os demais entrarão no programa naturalmente, num segundo e num terceiro momento. E os produtos que não fogem de casa nenhuma são as janelas de correr de 2 e 3 folhas”.

A reunião contou também com a participação de Celso Calamita, gerente de comunicação e marketing da ABAL – Associação Brasileira do Alumínio, entidade que agora é coparticipante do programa. “Somos os fabricantes de alumínio e fazemos a extrusão do perfil, um elemento inerte da janela. Ele fornece o desempenho estrutural, mas quem garante as suas funcionalidades são os componentes. Daí a importância de vocês estarem presentes no programa e a necessidade de que estes materiais estejam normatizados para garantir a qualidade da janela”, disse.

Na sequência, Jairo Cukierman, da TESIS, empresa gestora técnica do PSQ, apresentou em detalhes como ele funcionará para os fabricantes de componentes, com foco nos procedimentos e ensaios necessários. Ele também falou sobre a importância da união da cadeia produtiva e da criação de um sistema inteligente e eficaz, com capacidade para qualificar tudo que faz parte da esquadria. “Tenho certeza de que temos na ABAL os maiores especialistas em alumínio. Na AFEAL, estão os maiores especialistas em esquadrias. E nesta sala, os maiores especialistas em componentes. Precisamos trabalhar com modelos de auto-regulamentação para que cada setor possa oferecer aos consumidores produtos bons, para se ter isonomia competitiva e concorrência leal e justa”.

O encontro terminou com a participação do público, que tirou todas as suas dúvidas em uma seção de perguntas e respostas, além de assinar um termo de intenção, confirmando seu forte interesse em fazer parte do programa.

O Ministério das Cidades, por meio do PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat – acaba de oficializar em seu website o novo Programa Setorial da Qualidade de Portas e Janelas de Correr de Alumínio. O novo programa tem como objetivo elaborar mecanismos que garantam que portas e janelas de alumínio comercializadas em todo o País apresentem a qualidade necessária para que possam garantir segurança e conforto, atendendo às necessidades dos usuários.

O programa tem como mantenedora a AFEAL – Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio – que representa empresas que fabricam, importam, comercializam ou distribuem portas e janelas de alumínio e também companhias responsáveis pelos componentes, ferragens e selantes empregados na montagem dos produtos, e traz como coparticipante a ABAL – Associação Brasileira do Alumínio, algo inédito e de extrema relevância para a valorização do setor. A entidade, por sua vez, reúne toda cadeia produtiva do alumínio, entre eles os produtores de tubos e perfis extrudados e os fabricantes de sistemas de esquadrias de alumínio.

De acordo com o presidente executivo da ABAL, Milton Rego, a caixilharia de alumínio é a grande vitrine do metal na construção civil. Leve, durável e com diversas possibilidades de acabamentos, são amplamente utilizadas por arquitetos e projetistas em empreendimentos de todo porte e padrão. “Considerando a importância desse setor, a validação do PSQ de Portas e Janelas de Correr de Alumínio possibilitará a integração e melhoria da qualidade de toda a cadeia, bem como trará maior segurança tanto para as empresas como para os consumidores”, comenta.

Assim, pela primeira vez, as empresas sistemistas, extrusoras, beneficiadoras de perfis, fabricantes de componentes e ferragens, fabricantes de selantes, além das empresas fabricantes de portas e janelas de correr, estão todas agregadas ao programa.

Para o presidente da AFEAL, Antônio Antunes, este é um momento histórico, que deve mexer bastante com todo o mercado. “A esquadria de alumínio está entre os produtos mais importantes da construção civil e é um produto complexo. Tendo um programa rico como este em pleno funcionamento, certamente nivelaremos nosso segmento pelo alto e teremos mais braços para valorizar nosso produto, trazendo mais segurança, tranquilidade ao consumidor e isonomia competitiva ao mercado”, esclarece.

Produto-alvo

O Programa Setorial da Qualidade de Portas e Janelas de Correr de Alumínio aborda inicialmente como produtos-alvo janelas de correr de alumínio para dormitórios e salas, englobando a janela de correr com duas folhas de vidro, a janela de correr com três folhas com venezianas e todas as folhas móveis, com dimensões máximas de 1,50 x 1,20 m.

Estudo realizado pela AFEAL apontou que em 2016 o segmento de esquadrias entre vãos teve volume de produção de 38,8 mil toneladas. Dentro deste universo, as janelas de correr correspondem a 22,4 mil toneladas, significando 58% do mercado organizado, o que demonstra a relevância do Programa Setorial da Qualidade de Portas e Janelas de Correr de Alumínio. Os associados da AFEAL são responsáveis pela produção de 12,5 mil toneladas de janelas de correr, representando 56% do mercado organizado destes produtos.

Empresa Gestora Técnica

A empresa escolhida para fazer a gestão técnica do Programa é a TESIS – Tecnologia e Qualidade em Sistemas de Engenharia. É um parceiro sólido, no mercado desde 1989, acreditada pelo Inmetro para atuar em 15 Programas Setoriais da Qualidade no âmbito do PBQP-H.

Caberá à TESIS a avaliação da conformidade das janelas, portas, perfis, acessórios e do beneficiamento de superfície. Todas estas verificações serão realizadas de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), dentre as quais, a ABNT NBR 10821 – Esquadrias Externas para Edificações e ABNT NBR 15.575 – Edificações Habitacionais – Desempenho (popularmente conhecida como “norma de desempenho”). O atendimento a estas normas garantirá a estanqueidade à água, a resistência mecânica, a durabilidade e a isolação sonora das portas e janelas de correr de alumínio.

Também caberá à TESIS oferecer o suporte para o combate à não conformidade das empresas que, sistematicamente, colocarem no mercado brasileiro portas e janelas de correr de alumínio que não atenderem os requisitos mínimos especificados nas normas técnicas ABNT.

Para saber mais detalhes sobre o programa, clique aqui e acesse a página oficial do Ministério das Cidades. Para participar, entre em contato com a AFEAL pelo telefone 11 3221-7144 ou com a ABAL pelo 11 5904-6450.

neste programa!”, finalizou.

Essa participação acontece em um momento em que toda a cadeia produtiva se une pela qualidade do início ao fim do processo produtivo.

A participação da ABAL – Associação Brasileira do Alumínio no PSQ de Portas e Janelas de Correr de Alumínio é, sem dúvida, uma das grandes novidades do programa. O trabalho desenvolvido pelas duas entidades em conjunto iniciou-se ainda em fevereiro, com uma apresentação do programa na ABAL durante reunião do Comitê de Mercado de Extrudados.

Estiveram presentes ao encontro o presidente da AFEAL Antônio Antunes, o VP de programas da qualidade Alberto Cordeiro; Edison Claro, VP de comunicação; o gerente geral da entidade e do PSQ Fernando Rosa; Orestes Gonçalves e Jairo Cukierman, da Tesis; Erivam Boff, coordenador do Comitê de Mercado da Construção Civil da ABAL, José Carlos Noronha, integrante do Comitê, entre outros representantes do setor do alumínio.

A apresentação foi capitaneada por Alberto Cordeiro, que convidou a ABAL para participar de um grande projeto de integração de toda a cadeia produtiva de esquadrias de alumínio, o PSQ. “A ideia é trabalhar lado a lado com a Afeal na definição das diretrizes do nosso setor e fazer toda a cadeia produtiva funcionar adequadamente: sistemistas, extrusoras, fabricante de acessório, beneficiador de superfície, fabricante de esquadria, todos na mesma página, na mesma regra, na mesma política industrial e com os mesmos interesses”, disse.

O executivo explicou o propósito do PSQ e os objetivos. “Esperamos conformidade dos produtos para o usuário e isonomia técnica entre todos os participantes do PSQ. Só assim haverá organização setorial e valorização de toda a cadeia. Juntos, poderemos parar o efeito dominó que prejudica a todos. Vamos integrar para começar uma nova história e essa união começa da matéria-prima e dos sistemas”.

Cordeiro explicou que a norma técnica tem caráter voluntário. Porém o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor transforma a norma em força de lei. “Se o consumidor for lesado, ele vai entrar com processo e vai ganhar e isso é responsabilidade de todos envolvidos no processo produtivo”. Para ele, é preciso empreender ações externas mobilizadoras para que o setor seja visto como quem agrega valor e produz qualidade e não perca mercado.

Para o presidente da AFEAL Antônio Antunes, a união das entidades é um marco importante para o setor. “Nosso produto é complexo, pois passa por diversos agentes como acabamento, roldanas, parafusos. Após análises e aprendizados concluímos que todo mundo seria beneficiado com essa participação coletiva. Precisamos de mais braços, de mais gente sentada junto para discutir. É sabido que o alumínio é um dos melhores materiais para fazer um produto chamado esquadria. O que estamos fazendo para valorizar este produto que hoje é tão importante para o conforto estético, acústico, iluminação? Tenho a certeza de que juntos no PSQ vamos ainda mais longe”, afirmou.

Para Erivam Boff, coordenador do Comitê de Mercado da Construção Civil da ABAL, as entidades têm interesses convergentes. “Nós queremos defender a qualidade do nosso produto, da indústria extrusora de alumínio. Queremos aumentar o consumo sempre buscando a norma”.

José Carlos Noronha, da ABAL, apoiou a iniciativa e explicou sobre a sintonia das entidades para o PSQ. “Tudo que faço não penso em fazer algo fora do padrão, de qualquer jeito. Nossa bandeira na ABAL é sempre qualidade. A norma tem de ser da régua para cima, se possível, deveríamos obedecer até mesmo às normas internacionais. Estamos juntos neste programa!”, finalizou.